BR-364 A RODOVIA DIAGONAL DO BRASIL

Saímos da capital Rio Branco no Acre com o intuito de fazer mais uma das grandes rodovias do país.

A fim de desafiarmos a nós mesmos mais uma vez.

Dentro de um mês cruzamos o Brasil diagonalmente conhecemos lugares, pessoas e culturas diferentes.

BR-364 DO ACRE A SÃO PAULO EM UM MÊS.

Essa é mais uma de nossos desafios pessoais para vencermos a nós mesmos.

Alias, sempre estamos desafiando nossos limites e procurando melhorar e encontramos isso através de nossas viagens.

Já se perguntou – “Consigo me virar sem precisar de muito conforto ou uma quantia grande de dinheiro?”

Pois nós, te dizemos de experiência própria que isso é possível.

Essa nossa aventura de sair do estado do Acre e chegar até São Paulo em um mês não é o nosso primeiro desafio.

A saber, que já enfrentamos outras duas grandes aventuras BR-319 Porto Velho x Manaus e

BR-230 Transamazônica saindo de Cabedelo na Paraíba até Lábrea no Amazonas.

Topamos uma viagem de aproximadamente 4.600 quilômetros e que foram vividos em um mês dentro de uma Kombi Home.

Veja bem, atravessamos o estado do Acre, Rondônia, Mato Groso, Minas Gerais até chegarmos ao município de Cordeirópolis em São Paulo.

Provavelmente, possa imaginar – “no que tem de mais nisso?”.

Podemos lhe dizemos, fizemos tudo isso em uma kombi a ar injetada e que já fez outras duas grandes aventuras, ela merece respeito.

Sem dizer, que a BR-364 é uma das principais rodovias do interior do país juntamente com a BR-158 e a BR-163.

BR-364 ABRIU PORTAS PARA O EXTREMO NORTE DO PAÍS.

Hoje, chegar a capital de Rondônia, Porto Velho não é mais uma daquelas viagens que precisam ser sacrificantes.

Pois antes de existir a BR-364 para se chegar a Porto Velho á partir de Guajará-Mirim só era possível através da extinta Ferrovia Madeira Mamoré, isso mesmo, de trem.

E de balsa a partir de Manaus ou de avião (desse ponto não mudou muita coisa).

Segundo a história e registros da internet, foi á partir do ano de 1960 que os governadores dos estados da região norte se reunirão com o presidente da época Juscelino Kubitschek para a construção da BR-364.

A rodovia ligaria Cuiabá a Porto Velho e Rio Branco abrindo o oeste brasileiro, sendo que esse trecho foi asfaltado apenas em 1983.

Atualmente a rodovia está asfaltada até a capital do Acre, Rio Branco, porém, passa por alguns trechos em manutenção.

Com a abertura da Hidroelétrica de Jirau, segundo alguns moradores e fatos buscados na internet para pesquisa, a rodovia vem sofrendo a anos com inundações.

Sendo assim, prejudicada em sua estrutura para passagem de caminhões e automóveis.

Nossa viagem contou com belas paisagens ao longo da rodovia e descobertas incríveis como os restantes trilhos da extinta ferrovia Madeira Mamoré.

CURIOSIDADE DA BR-364

Saímos da cidade de Rio Branco no Acre para dar inicio a nossa expedição pela BR-364 e não imaginávamos o que iriamos encontrar pela frente.

Vale ressaltar que a BR-364 se inicia oficialmente na cidade de Mâncio Lima, na oportunidade que estávamos no estado, as chuvas foram um grande empecilho para que fossemos até lá.

Portanto, nossa viagem teve inicio na capital, Rio Branco.

Enfim, tivemos surpresas com o avançar da viagem e uma delas foi a descoberta de uma antiga estrada ferroviária que passa bem ao lado da rodovia.

Eram vestígios da Ferrovia Madeira Mamoré, que foi muito utilizada no auge em que a borracha era moeda preciosa no país.

HISTÓRIA

Segundo a história conta e relato de pessoas que vivem ao seu entorno, a ferrovia também contém uma história macabra e assustadora.

Por necessitar de trabalhadores para abrir caminho em plena floresta amazônica, centenas de pessoas perderam suas vidas para doenças, naquela época desconhecidas como a malária.

Além de insetos e animais peçonhentos que vivem por lá.

O clima constantemente húmido também foi um dos fatores que fez com que os trabalhadores viessem a passar muito mal e morressem de desidratação.

Devido as mortes, que na ocasião eram desconhecidas as causas, a ferrovia também ficou conhecida como a Ferrovia do Diabo.

A real intenção da construção da estrada de ferro era fornecer aos bolivianos o acesso ao Atlântico e uma alternativa ao Rio Paraguai para os brasileiros.

Conforme a história conta, as primeiras tentativas de construção foi nos anos de 1862 e 1877 dando oportunidade para empresas estrangeiras.

Infelizmente e talvez por “vingança das vidas que se foram na sua realização ” a ferrovia teve seu termino de construção em 1912, exatamente no período em que a borracha deixava de ser importante economicamente.

Além disso, em 1960 veio a abertura da rodovia BR-364 com que fez o desinteresse pela ferrovia aumentar ainda mais, levando assim sua desativação e reativação muitas vezes.

Alias, um trecho inicial serviu de cenário para uma minissérie televisiva que estava relacionada com a sua construção.

Porém hoje, encontra-se inativa e sua locomotiva maria fumaça abandonada as margens da rodovia.

PAISAGENS AO LONGO DA RODOVIA

Além da história da Ferrovia Madeira Mamoré, as paisagens ao longo da estrada são encantadores e te fazem pensar está em pleno pantanal em alguns momentos.

São imensos alagados a perder de vista e que te convidam o tempo todo a parar o carro para registrar o momento.

Além disso, os altos morros que estão ao redor te fazem parar para analisar ainda mais a paisagem que está a sua frente.

Sem dizer, que se gosta de uma pescaria o local é excelente para essa pratica.

Ao fazer essa viagem, assim como nós, você vai curtir muito e se deliciar com a paisagem a sua frente.

Não deixe de conhecer esse extremo oeste do nosso Brasil, vale muito apena.

CONFIRA NOS VIDEOS ABAIXO ESSA AVENTURA PELA BR-364.

BR 364 DO ACRE A SÃO PAULO SAGA COMPLETA
BR 364 PASSAMOS POR ARIQUEMES E NUNCA TINHA VISTO ISSO - Ep 09

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